Gilberto Gil confere a edição em LP do álbum 'Realce' na série 'Clássicos em vinil' — Foto: Reprodução / Facebook Polysom
Gilberto Gil confere a edição em LP do álbum 'Realce' na série 'Clássicos em vinil' — Foto: Reprodução / Facebook Polysom

Em 1979, os embalos de sábado à noite ainda agitavam os frenéticos dancin’ days, influenciando a música do Brasil e do mundo. Cantor e compositor antenado com os ritmos do universo pop, como já mostrada no visionário álbum Refavela (1977), Gilberto Gil flertou com a disco music na purpurinada gravação de Realce, música que batizou o LP lançado pelo artista baiano naquele ano de 1979.

Gravado nos Estados Unidos, no estúdio Westlake Audio de Hollywood (Los Angeles, EUA), o álbum Realce ganha edição comemorativa de 40 anos no formato original de LP.

Produzida na série Clássicos em vinil, da Polysom, a reedição de Realce em LP chega ao mercado fonográfico na segunda quinzena deste mês de dezembro de 2019, ainda em tempo de celebrar as quatro décadas do disco lançado em agosto de 1979.

Capa da nova edição em LP do álbum 'Realce', de Gilberto Gil — Foto: Divulgação
Capa da nova edição em LP do álbum ‘Realce’, de Gilberto Gil — Foto: Divulgação

Em Realce, disco gravado com produção musical orquestrada por Marco Mazzola, o sempre antenado Gil já experimentou o tecnopop que daria o tom de boa parte da música produzida no Brasil e no mundo na década de 1980.

Jerry Hey (tecladista e arranjador do grupo norte-americano de funk Earth, Wind & Fire) e Steve Lukather (guitarrista da então novata banda norte-americana de rock Toto) foram músicos dos EUA arregimentados para a gravação desse álbum em que, além da composição-título Realce, Gil apresentou músicas que atravessariam gerações, casos sobretudo de Toda menina baiana e de Super-homem, a canção, um dos hits do disco.

O álbum Realce foi bem recebido no geral, mas a abordagem pop do samba-canção Marina (Dorival Caymmi,, 1947) causou controvérsias na época, mais por se tratar de uma música do compositor Dorival Caymmi (1914 – 2008) – dono de cancioneiro até então imaculado – do que pelo arranjo propriamente dito.