Disco sai em 30 de outubro com 11 músicas e com capa que expõe foto de crianças indígenas.
Com capa engajada que expõe crianças indígenas em foto da ativista Claudia Andujar, o terceiro álbum de estúdio de Emicida, AmarElo, será lançado em 30 de outubro com 11 músicas produzidas por Nave.
Heterogêneo, o time de convidados do disco concilia nomes ligados ao universo do hip hop – como Drik Barbosa (na música 9nha) e MC Tha (na faixa Ordem natural das coisas) – com artistas de outros universos. A maior surpresa nesse time é Fernanda Montenegro.
Celebrada pelo Brasil neste mês de outubro de 2019 pelos 90 anos de vida completados na quarta-feira, 16, a atriz carioca figura na faixa Ismália, música gravada por Emicida com a adesão da cantora Larissa Luz.
Outro estranho no ninho do hip hop é o sambista Zeca Pagodinho, convidado do rapper paulistano na música Quem tem um amigo (Tem tudo), faixa que também reúne a dupla Os Prettos e a Tokyo Ska Paradise Orchestra.
Cantor, compositor e pianista projetado no universo carioca da Bossa Nova, Marcos Valle reforça o time de colaboradores do álbum AmarElo, participando, ao lado de Thiago Ventura, da música Pequenas alegrias da vida adulta.
Já a cantora Fabiana Cozza engrossa o coro da faixa que abre o disco, Principia, ao lado das Pastoras do Rosário e do Pastor Henrique Vieira.
Detalhe: uma das inspirações para a criação da expressiva capa do disco AmarElo é a a capa de Stakes is high (1996), álbum do grupo americano de rap De La Soul, conhecido por atuar no hip hop na contramão da linha violenta gangsta.
“O rap é compreendido por um estereótipo que é o mesmo dado às pessoas pretas, como a raiva e a pobreza. Muitas vezes, o discurso das músicas corroborou com isso. Por mais que a denúncia seja valiosa, ela achata a experiência e não faz justiça a tudo o que somos. Em AmarElo, a gente foge desse espectro previsível do que o rap pode ser”, ressalta Emicida.