Aos 45 anos de vida e 15 de carreira fonográfica iniciada em 2003 com o lançamento do álbum No calçadão, Max Viana ainda luta para se fazer ouvir e sair da sombra do pai, Djavan, um dos gigantes da MPB. Outro sol – álbum que o cantor, compositor e guitarrista carioca lança simultaneamente no Brasil e no Japão, via Universal Music, neste mês de maio de 2018 – é mais um esforço do artista nessa batalha de afirmação musical.

Primeiro álbum de Max desde Um quadro de nós dois (2011), disco de suaves tons românticos lançado há sete anos com parcerias do compositor com Lula Queiroga e Jay Vaquer, Outro sol ilumina safra autoral em que o artista – em foto de Marcos Hermes – apresenta músicas compostas solitariamente (Linha de frente, Nossa cara, Só olhar e a música-título Outro sol) e parcerias feitas com Cassiano Andrade (Tem fé), Dudu Falcão (Tem nada não) e Antonio Villeroy (Pontos de partida, música que também traz a assinatura de Dudu Falcão).

O time de parceiros ainda inclui Leandro Fab e Pretinho da Serrinha, coautores de O amor não acabou, samba gravado com os toques da percussão de Pretinho e do violão de Carlinhos Sete Cordas. Sem mais ninguém, composição de Max com Fred Camacho e Cassiano Andrade, completa a safra autoral.

Capa do álbum 'Outro sol', de Max Viana (Foto: Marcos Hermes)
Capa do álbum ‘Outro sol’, de Max Viana (Foto: Marcos Hermes)

Produzido pelo próprio Max Viana com Renato Iwai, o álbum Outro sol foi gravado nos estúdios Em Casa, Vilarejo Studios e Fibra, no Rio de Janeiro (RJ), cidade natal do artista. No disco, Viana aposta nos grooves. Tanto que convidou o DJ Marcello Mansur, o Memê, para criar os loops da faixa Só olhar.

Além das nove composições autorais, o cantor encara o desafio de abordar Samurai (1982), uma das músicas mais conhecidas da lavra do pai, Djavan, em cuja banda Max ingressou em 1998, sem medo de reforçar a assinatura do patriarca no próprio currículo. Ainda dentro do círculo familiar, o irmão de Max, João Viana, toca bateria em sete das nove músicas do álbum Outro sol.