Nova Anitta?!

Nova Anitta?!

Sósia de Ellen Rocche, MC troca funk por pop e quer ser a nova Anitta
Cabelos loiros, olhos verdes, longas pernas, cinturinha de boneca… Modelo? Não, funkeira! Ela até fez um trabalho ou outro em moda, mas o foco de Jaqueline Maia, 24 anos é outro. O que ela queria fazer desde criança era cantar funk. Algo inusitado quando se pensa que a curitibana estava longe demais do ritmo amado nos morros cariocas. “Sou um peixe fora d’água, eu sei. Mas sempre amei dançar funk e hoje não troco minha carreira por nada”, garante ela, que acaba de promover uma reviravolta em sua trajetória musical.
Antes conhecida como Jack Moranguinho, líder do Bonde das Felinas, a loira mudou o visual, sepultou o grupo e encarou o pop. “Foram quatro anos à frente do Bonde, foi muito bom, mas chegou a hora de fazer algo novo. Estava tudo muito ultrapassado”, justifica ela, para logo depois se abrir um pouco mais e contar pormenores dos bastidores do grupo: “Teve muita troca, várias meninas entraram e saíram e rolaram algumas brigas. Sofri muito por ciúme das integrantes”.
O ciúme – segundo ela – girava em torno da beleza de Jacqueline. Não é de se estranhar. A loira é a cara da atriz Ellen Rocche. “Já fui confundida várias vezes com ela, já me pediram até autógrafo. Perdi a conta de quantas vezes me abordaram jurando que eu era ela”, diverte-se a cantora, que agora atende pelo nome de MC Jack Maia e tem planos ousados: “Sei que ainda não sou tão famosa no meio, mas sei cantar, mudei minha imagem e quero ser reconhecida. Estou em uma fase mais mulher e quero explorar isso”.
Os figurinos estão menos explícitos e um pouco mais sofisticados, e Jack anda compondo músicas que falam de amores partidos. A inspiração vem do dia a dia, mas também dos trabalhos de Beyoncé, MC Ludmila e, claro, Anitta. “Acho que posso ser como ela, guardando, claro, minhas características”, avalia.
Além do preconceito que diz ter sofrido por ser bonita, Jacqueline conta que teve que lutar ainda contra os olhares tortos por ter abraçado o funk. Inclusive da família. “Meus pais não queriam porque a carreira artística é mesmo muito instável. Mas completei meus estudos e fiz o que tinha vontade. Hoje eles aceitam e sabem que sou feliz com o que eu faço”, conta.
Com 1,81m e 70kg, Mc Jack Maia conta que se cuida desde sempre. Mantém alimentação regrada e, além de musculação e dança, faz aulas de boxe. Solteira, não quer arrumar namoro agora. “Poucos homens entendem meu trabalho e minha exposição. Não quero homem que implique com meu short ou maiô. É assim que vão me ver nos palcos e sei que nem todos seguram a onda de ver um fã te cobiçando”, justifica a loira, que recebe muita cantada: “Mas sei separar muito bem. Não é porque rebolo com pouca roupa que eu seja fácil. Respeito é bom e eu também gosto”.
Com uma agenda que prevê shows quinta a domingo, Jacqueline conta que ainda não conseguiu acertar sua vida financeira com o funk. “Tudo o que ganhou praticamente é para reinvestir”, choraminga ela, que está completando quatro anos de carreira e tem planos de ir muito mais além: “Não é fácil, mas não desisto. Não desisti quando diziam que eu não podia ser funkeira por não ser carioca e do meio, agora que não largo isso mesmo”.
FONTE EGO