Show que junta Maria Bethânia com Zeca Pagodinho, De Santo Amaro a Xerém chega hoje e amanhã, 18 e 19 de maio, em São Paulo (SP) com a notícia esperada pelos fãs da cantora baiana. Sob direção de Joana Mazzucchelli, da Polar Filmes, o show será gravado ao vivo na passagem paulistana da turnê nacional iniciada em Olinda (PE) em 7 de abril.

A edição de DVD e álbum ao vivo prevê parceria entre a gravadora Universal Music – da qual o cantor carioca é contratado desde 1995 – e a Biscoito Fino, companhia fonográfica na qual Bethânia ingressou em 2001 e que abriga o selo Quitanda, dirigido pela intérprete.

Para os admiradores de Bethânia, o registro audiovisual é importante pelo fato de o roteiro do show conter nada menos do quatro músicas inéditas. Cantado em dueto pelos dois artistas na abertura e no fim do espetáculo, o delicioso samba de roda Amaro Xerém – feito por Caetano Veloso para o show a pedido de Bethânia – é a primeira música inédita do mano Caetano apresentada por Bethânia desde 1992.

O majestoso samba A surdo 1, cantado somente por Bethânia, foi composto por Adriana Calcanhotto em 2016 para louvar a escola de samba Mangueira pela vitória no Carnaval do Rio de Janeiro com enredo sobre os 70 anos de Bethânia. Também ouvidos no show somente na voz da cantora, Pertinho de Salvador e De Santo Amaro a Xerém são dois bons sambas da lavra do compositor carioca Leandro Fregonesi.

Além de perpetuar as quatro músicas inéditas, a gravação ao vivo do show De Santo Amaro a Xerém vai gerar o primeiro registro fonográfico do samba Falsa baiana (Geraldo Pereira, 1944) na voz de Bethânia. Sem falar que, no show, Bethânia também canta Pano legal (Billy Blanco, 1956) e Café soçaite (Miguel Gustavo, 1955), sambas que gravou em disco ao vivo lançado em 1968 e que há décadas não integravam os repertórios dos espetáculos da cantora.

Com direção musical dividida entre Jaime Alem e Paulão Sete Cordas, o show De Santo Amaro a Xerém também merece um registro audiovisual pelos duetos de Bethânia com Zeca em músicas como o samba-canção E daí? (Miguel Gustavo, 1959). Ao transitar na ponte Rio-Bahia, o show louva o samba do Brasil.