O Corinthians venceu o Barcelona de Guayaquil por 2 a 0 na Neo Química Arena, mas não conseguiu reverter a desvantagem do jogo de ida e foi eliminado na fase preliminar da Libertadores. Após a partida, o goleiro Hugo Souza concedeu entrevista e falou sobre o sentimento de frustração com a eliminação, mas também exaltou a entrega da equipe dentro de campo.
O arqueiro não escondeu a decepção pelo resultado e destacou o peso da eliminação para o elenco. "Imensurável. Com certeza era nosso principal objetivo nesse início de temporada e hoje (quarta) a gente pagou o pato do que foi o último jogo, porque hoje não tem o que falar da minha equipe dentro do campo, só elogiar a partida que fizemos. Jogadores no sacrifício jogando, a gente vê o tanto que queríamos, tanto que nos entregamos dentro do campo, o adversário não passava do meio do campo, eles não respiraram hoje", iniciou.
"Tentamos o tempo inteiro, o goleiro deles fez defesas importantes, buscamos o resultado que precisava, mas ele não veio e agora é dia de sentir a dor, da família do lado, para que essa dor seja até a hora da gente dormir, porque amanhã já é outro dia e domingo temos uma final pela frente e a gente quer muito botar o no cenário onde é campeão de novo e é para isso que vamos lutar", apontou Hugo.
Questionado sobre o desempenho do time na competição continental, o goleiro reconheceu que o Corinthians não manteve uma postura adequada em alguns momentos decisivos.
"É uma coisa que não sei explicar. Falhamos em alguns momentos nos jogos de Libertadores, onde não tivemos uma postura adequada para o Corinthians. Hoje falamos um pouco do que foram essas partidas e a gente deixou para mostrar um Corinthians de verdade muito tarde. Agora não adianta ficar se martirizando, ficar pensando no que já foi, agora é olhar para frente, entendendo que temos uma final, oportunidade de ser campeão com essa camisa, isso que vamos lutar até o final", afirmou.
O Corinthians teve um jogador a mais durante parte do segundo tempo, mas não conseguiu marcar o terceiro gol que levaria a decisão para os pênaltis. Para Hugo Souza, a postura defensiva do adversário dificultou ainda mais a missão alvinegra.
"Mesmo no 11 contra 11 conseguimos manter nosso jogo o tempo inteiro. Tivemos a bola o tempo todo, empurramos o adversário o tempo todo e no segundo tempo eles até adotaram uma postura mais ofensiva e a gente conseguia criar mais, ter mais oportunidades, chegar mais vezes. Com a expulsão eles montaram um caminhão na frente da área, a gente sabe que é difícil, mas lutamos, fizemos o gol com jogador a mais", apontou o goleiro.
"Bom, futebol é isso, tentamos até o final, mas não conseguimos o gol que precisava. Estava muito confiante, queria que fosse para os pênaltis, mas infelizmente não conseguimos. Não vou deixar de elogiar a entrega da equipe, do grupo. O que o Garro fez pra jogar, o que o Carrillo correu dentro de campo, o que o Martinez correu, o que nossa linha defensiva jogou. Só tenho elogios, não conseguimos o resultado, mas saímos de cabeça erguida, entendendo que é com essa cara que a gente precisa entrar em campo", completou.
Apesar da eliminação precoce, o camisa 1 do Corinthians reforçou que o time tem uma temporada longa pela frente e precisa levar o aprendizado da Libertadores para os próximos desafios.
"Faltou fazer o que fizemos hoje. Talvez se a gente pudesse encarar todos os jogos da forma que encaramos hoje (quarta), na verdade a gente pode fazer isso e não fizemos, a história seria diferente. Se a gente conseguisse manter esse nível de atuação que tivemos hoje, com certeza minha conversa com vocês seria outra. Levar esse aprendizado para frente, porque temos uma temporada longa e podemos recomeçá-la com o título", concluiu o goleiro.
O Corinthians agora volta suas atenções para a sequência da temporada, com foco na final do diante do Palmeiras. O primeiro Dérbi da decisão será neste domingo, dia 16, às 18h30, no Allianz Parque.
O confronto decisivo, logo após a Data Fifa, ocorrerá no dia 27, quinta-feira, às 21h35, na Neo Química Arena. As duas partidas terão torcida única do mandante, por determinação do Ministério Público.
