Segundo jornal de negócios 'Dagens Naeringsliv', acessos aos álbuns 'The Life of Pablo' e 'Lemonade' na plataforma foram alterados. Prática fez com que artistas ganhassem mais do que deveriam.

As estatísticas de Beyoncé e de Kanye West na plataforma de streaming Tidal, propriedade de Jay-Z, teriam sido manipuladas, permitindo aos dois artistas americanos embolsar royalties excessivos – afirma um jornal norueguês nesta quarta-feira (9).

Segundo o jornal de negócios “Dagens Naeringsliv”, o número de acessos aos álbuns “The Life of Pablo”, de Kanye West, e “Lemonade”, de Beyoncé, os dois com pré-lançamento no Tidal em 2016, foi inflado por manipulação dos registros dos usuários.

Casado com Kim Kardashian, Kanye West é um ex-parceiro de Jay-Z. Por meio de sua holding Project Panther, o rapper americano comprou o Tidal, que tem sua origem e mantém suas atividades na Noruega, por US$ 56 milhões em março de 2015.

As revelações do DN significariam que Kanye West e Beyoncé, assim como suas produtoras, abocanharam uma parte indevidamente alta dos royalties redistribuídos pelo Tidal, em detrimento de outros artistas que também estão nessa plataforma de música on-line.

Se confirmado, é um procedimento constrangedor para uma plataforma que prometeu reverter sua receita de forma mais generosa do que seus concorrentes, como Spotify, Apple Music e Deezer.

Apoiando-se no Centro de Cibersegurança e de Segurança da Informação (CCIS), o DN fala em mais de 320 milhões de leituras falsificadas de títulos dos dois álbuns em curtos períodos, uma manipulação que teria afetado mais de 1,7 milhão de usuários.

De acordo com o advogado americano Jordan Siev, citado pelo DN, o Tidal nega qualquer manipulação, afirmando que os dados foram roubados e que as informações publicadas pelo jornal estão equivocadas.

A plataforma não retornou o contato da agência France Presse.