Segundo relatório da indústria do setor, fãs da música gastaram cerca de US$ 232 milhões com os discos. Número é quase o dobro do valor gasto em CDs.

Vendas de vinil superam as de CDs pela primeira vez desde 1980 nos EUA — Foto: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP
Vendas de vinil superam as de CDs pela primeira vez desde 1980 nos EUA — Foto: KAMIL KRZACZYNSKI / AFP

Os discos de vinil estão vendendo mais do que os CDs nos Estados Unidos pela primeira vez em 30 anos, é o que diz um relatório da indústria do setor divulgado nesta quinta-feira (10).

Os fãs de música gastaram cerca de US$ 232,1 milhões (cerca de R$ 1,23 bilhão) em discos no primeiro semestre de 2020, segundo a Recording Industry Association of America, ultrapassando os US$ 129,9 milhões (R$ 691 milhões) gastos em CDs.

As vendas de vinil contribuíram com 62% das receitas totais de mídia musical física – que caíram 23% ano após ano, uma queda que a RIAA atribuiu ao fechamento de casas de shows e lojas de música devido a pandemia do coronavírus.

Entretanto, os números do vinil marcaram um ponto de virada pela moda retrô, cujo o ressurgimento foi alimentado durante anos por colecionadores e apaixonados nostálgicos pelos lados A e B.

Os registros físicos continuam sendo um nicho: a RIAA disse que o streaming foi responsável por 85% da receita nos primeiros seis meses de 2020, nos quais a maioria dos americanos passaram confinados em casa como medida do combate a pandemia de covid-19.

A receita por streaming de música aumentou 12%, para US$ 4,8 bilhões no primeiro semestre de 2020, disse a RIAA, embora os serviços por assinatura sejam pagos, os usuários estão cada vez mais dispostos a utilizarem esse serviço.

O número de assinaturas pagas em serviços como Spotify, Apple Music e Amazon subiu para 72 milhões, um aumento de 24% em comparação com a média dos primeiros 6 meses de 2019.